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domingo, 23 de janeiro de 2011

Eucalipto

 

Silvicultura do Eucalipto (Eucalyptus spp)

O eucalipto é uma planta originária da Austrália, onde existem mais de 600 espécies. A partir do início deste século, o eucalipto teve seu plantio intensificado no Brasil, sendo usado durante algum tempo nas ferrovias, como dormentes e lenha para as maria-fumaças e mais tarde como poste para eletrificação das linhas.
No final dos anos 20, as siderúrgicas mineiras começaram a aproveitar a madeira do eucalipto, tranformando-o em carvão vegetal utilizado no processo de fabricação de ferro-gusa. A partir daí, novas aplicações foram desenvolvidas. Hoje encontra-se muito disseminado, desde o nível do mar até 2.000 metros  de altitude, em solos extremamente pobres, em solos ricos, secos e alagados.
Atualmente, do eucalipto, tudo se aproveita. Das folhas, extraem-se óleos essenciais empregados em produtos de limpeza e alimentícios, em perfumes e até em remédios. A casca oferece tanino, usado no curtimento do couro. O tronco fornece madeira para sarrafos, lambris, ripas, vigas, postes, varas, esteios para minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis. Sua fibra é utilizada como matéria-prima para a fabricação de papel e celulose.

Produção de Mudas
A produção de mudas pode ser de duas maneiras: sexuada (com o uso de sementes) ou assexuada (por propagação vegetativa).
Quando sexuada, deve-se considerar a disponibilidade de semente e de recipiente. A semente pode ser obtida de árvores existentes na região ou compradas em locais especializados e os recipientes devem ser sacos plásticos, apropriados ou comuns, previamente furados. Para a implantação de reflorestamento de eucalipto, é muito importante a escolha da espécie que se adapte ao local e aos objetivos pretendidos, como por exemplo:
Para lenha e carvão: espécies que dêem grande quantidade de lenha em prazo curto (E. grandis, E. urophylla, E. torilliana)
Para papel e celulose: espécies que apresentem cerne branco e macio (E grandis, E saligna, E urophylla)
Para postes, moirões, dormentes e estacas: espécies com cerne duro (para resistir ao tempo), (E citriodora, E robusta, E globulus)
Para serrarias: espécies de madeira firme, em que não ocorram rachaduras (E dunnii, E viminalis, E grandis)

Plantio
É necessária a adoção de um conjunto de medidas silviculturais, como, por exemplo, a época do plantio (primavera ou início do verão, conforme a espécie), preparo do solo, adubação  (fertilização mineral em doses apropriadas) e tratos culturais destinados a favorecer o crescimento inicial das plantas em campo.
Tomando-se como exemplo o preparo para fins de cultivo de eucalipto, este tem apresentado uma ampla evolução nos últimos anos, passando desde o preparo mais esmerado até o cultivo mínimo, muito difundido e utilizado atualmente no setor florestal. Logicamente que,  quando se generaliza o uso do equipamento ou o grau de mecanização sem se levar em conta todas as variáveis e peculiaridades de cada solo, clima e topografia, a probabilidade de dispêndio de dinheiro sem necessidade e a degradação do solo são praticamente inevitáveis.
As espécies de Eucalyptus são altamente sensíveis à competição de ervas daninhas (até aproximadamente de 1 a 1 ano e meio) e também ao ataques de formigas (normalmente não suportam 3 ataques consecutivos).
Preparo do terreno
O preparo do terreno está relacionado com as características da área onde será realizado o plantio. O preparo do solo para o plantio deve ser feito de maneira a propiciar maior disponibilidade de água para a cultura, visto que o regime hídrico do solo é um fator essencial para o crescimento da maioria das espécies de eucalipo.
Geralmente as operações são realizadas na seguinte ordem:
  • construção de estradas e aceiros
  • desmatamento e aproveitamento da madeira
  • enleiramento ou encoivaramento
  • queima das leiras
  • desenleiramento
  • combate à formiga
  • revolvimento do solo
  • sulcamento e/ou coveamento
As técnicas de cultivo mínimo e plantio consorciado têm sido adotadas por muitas empresas a fim de diminuir os danos ambientais.
Espaçamento
Visando a produção de madeira para laminação, serraria e fina para papel e celulose, geralmente são utilizados os espaçamentos de 3,0 x 2,5 (1.333 árvores/ha) ou 3,0 x 2,0 (1.666 árvores/ha).
Com o advento dos plantios clonais, as empresas de celulose passaram a adotar espaçamentos mais largos (como o de 3 m x 3 m), que suprem o maior espaço aos genótipos idênticos.
Na mecanização e nas atividades de colheita, o aumento do espaçamento torna-se uma necessidade visando condições mais adequadas à produção de indivíduos com maiores dimensões, que levam a uma maior produtividade dos equipamentos.


http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/silvicultura/silvicultura_do_eucalipto_%28eucalyptus_spp.%29.html

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